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2025

3 de dezembro de 2022 10:00

Guia para otimizar o desempenho dos Inspiron/Vostro 5510

Possuo desde abril/2022 um Inspiron 5510 versão com i5-11320H e sem dGPU (MX450) que é vendido em lojas na internet sob o código i15-i1101-m10s.

Gosto muito deste modelo e acredito que, pelo valor (chegou a ficar por ~R$ 3000,00 em sites de lojas neste no fim de novembro), não há nada vendido por aqui, para quem não deseja um notebook gamer, que se iguale ao seu conjunto.

Apesar da minha opinião pessoal, vejo algumas críticas na internet de proprietários insatisfeitos seja com o desempenho, seja com o nível de ruído do cooler ou com as temperaturas...

Apesar das críticas que li ou ouvi serem relacionadas às versões com a MX450, já assisti alguns reviews e acredito que consigo passar as orientações necessárias para um melhor ajuste da máquina mesmo sem ter tido contato com essas versões.

Esse texto tem relevância para um uso mais intensivo do hardware, tarefas que exigem muito do processador e iGPU ou dGPU. Para o uso comum, leve, não há necessidade de ajustes extras, basta alterar os modos térmicos no utilitário My Dell de forma a melhor atender as preferências pessoais.

Hardware e comportamento durante o uso

Fiz diversos testes de desempenho no meu, benchmarks que exigem exclusivamente o máximo do processador quanto os que exigem simultaneamente processador e vídeo integrado e tenho resultados e conclusões a respeito.

Primeira coisa que deve ser dita é que, em relação as temperaturas, como esperado, a minha versão não tem nenhum problema. Temperaturas em uso normal são baixas. Por exemplo, enquanto digito esse texto, com Word e algumas abas do Edge abertas, em temperatura ambiente alta (+30ºC), o processador trabalha numa faixa entre 45 e 55ºC. O teclado se mantém em temperaturas confortáveis.

Obviamente as versões com dGPU devem esquentar mais quando ela estiver em uso. Por isso é importante quem possui essas versões verificar se a MX450 está sendo usada em tarefas onde não deveria, como Office e navegação na internet...Com ela em uso é completamente normal esse notebook esquentar pois é um modelo fino, leve, e precisa refrigerar, além do processador forte, um chip gráfico que pode consumir até 25W. Jogar ou renderizar vídeos neste notebook e esperar que o teclado não esquente bastante é algo que não condiz com a realidade, mesmo na minha versão e ainda mais nas versões com placa de vídeo dedicada.

Outro ponto que vale citar é sobre esse i5 que é da série H35, uma família de processadores de alto desempenho – série H – com dois níveis de TDP configuráveis: alto com 35W e baixo com 28W. Neste i5-11320H isso significa que o clock base é de 3,2GHz ou de 2,5GHz, respectivamente. A configuração deste notebook é a mais baixa. Para verificar basta desativar o Turboboost e os clocks do processador serão limitados a 2,5GHz. Essa família é um leve refinamento em relação aos seus irmãos da série UP3 (i5-1135G7 por exemplo) da mesma família Tiger Lake de 11ª geração da Intel.

Possuem exatamente a mesma arquitetura, portanto possuem o mesmo IPC (Instruções Por Clock). Isso significa que rodando com o mesmo clock terão exatamente o mesmo desempenho. Com o mesmo consumo de energia o desempenho será muito similar, com pequenas variações entre eles.

Ou seja, apesar de ser excelente, essa linha H35 foi pura jogada de marketing da Intel, já que um i5-1135G7 ou i7-1165G7 trabalhando com o mesmo power sustentado vai entregar desempenho similar em relação ao processador.

A grande vantagem deste i5 H35 em relação ao i5-1135G7 ou ao i5-1155G7 (que possui exatamente os mesmos clocks máximos do irmão da série H) é que seu vídeo integrado é a versão “completa” da Iris Xe G7 assim como o i7-1165G7, com 96EUs (Unidades de Execução), contra 80EUs. Isso dá um aumento de desempenho gráfico de até ~20%. O iGPU no i5-11320H possui ainda clock máximo ligeiramente mais alto do que no i7-1165G7 (1350MHz vs 1300MHz).

Quem quiser conferir as informações:

https://www.intel.com.br/content/www/br/pt/products/sku/217183/intel-core-i511320h-processor-8m-cache-up-to-4-50-ghz-with-ipu/specifications.html

Em modo Desempenho Ultra o PL1 (power de longa duração) implementado neste notebook é de 30W. O PL2 (power de curta duração) é de 51W, mas que dificilmente é atingido pois o sistema de refrigeração não permite em temperatura ambiente mais comum (25ºC ou mais). Em benchmarks é mais comum um pico de algo entre 40 e 45W e esse valor vai caindo até se estabilizar em ~30W (ambientes climatizados) ou ~26W em ambientes com temperaturas mais altas (28ºC ou mais). Mesmo com temperaturas mais baixas, esse PL1 de 30W dura um certo período (cerca de 3 minutos a depender da temperatura ambiente) e depois baixa para 26W onde se mantém indefinidamente. O PL2 após uma carga pesada um pouco mais prolongada também baixa (45W).

Já em modo Otimizado (como vem de fábrica) o PL1 é de 25W e o PL2 é de 51W. Só que durante o uso isso não se mantém. Qualquer tarefa de média intensidade com certa duração, mesmo que curta, faz com que os valores diminuam. Rodando benchmark full load, tanto os que forçam apenas o processador quanto os que exigem ambos, processador e vídeo integrado, o PL1 que se inicia em 25W vai baixando vagarosamente (ou mais rapidamente se o ambiente for mais quente) até se estabelecer em 16W, onde permanece indefinidamente. O PL2 baixa quase que instantaneamente para 45W e, dependendo da carga e sua duração, se estabelece em 40W.

Isso é bom para o uso leve de tarefas diárias pois mantém o notebook silencioso e sem esquentar. Bom também para a duração de bateria, mas péssimo para tarefas profissionais um pouco mais pesadas ou para games. Com a diminuição do limite do power os clocks caem e o desempenho acompanha a queda.

Para o uso de tarefas mais intensivas, é necessário alterar o modo térmico para Desempenho Ultra para ter um desempenho mais forte e constante.

Uma curiosidade é que tudo isso que descrevi nos últimos dois parágrafos vale para o notebook parado, fixo. Se o notebook for movido, seus limites de power baixam instantaneamente, com o PL1 indo a apenas 15W mesmo que em modo Desempenho Ultra. Se volta a ficar imóvel os limites voltam a subir... imagino que o intuito desse comportamento é o notebook não esquentar enquanto está sendo movido pelo usuário.

Importante ressaltar que esses números dizem respeito a versão sem MX450 e com o BIOS atual, versão 2.15.2. As versões com dGPU podem apresentar números e comportamento diferente, não posso afirmar pois não tenho acesso a essas versões. Além disso, uma atualização de BIOS pode mudar tudo...

Como nos modelos de 2021, o limite de temperatura de utilização da CPU definido pela Dell é de 92ªC, sem possibilidade de alteração.

Benchmarks

Todos os benchmarks foram realizados seguindo esses parâmetros:

. Notebook com todos os drivers da Dell e o Windows atualizados.

. Selecionado Desempenho Ultra (My Dell > Configurações > Térmico) e Windows em Melhor Desempenho.

. Troquei as memórias originais (2x4gb Adata 1Rx16 por 2x8gb Fury Impact 1Rx8)

. Temperatura ambiente de 21°C com ar condicionado.

 . Notebook apoiado em suporte simples.

 . Sem alteração da prioridade do software no Windows.

OBS: as memórias originais, ao menos na minha versão, são memórias mais lentas, do tipo 1Rx16. Isso afeta fortemente o desempenho do vídeo integrado. Não há perda de desempenho do processador. Não sei informar se as versões que vem de fábrica com 2x8gb também vem com esse tipo de memória.

Cinebench R23 (imagem): os testes consistem na renderização de um cenário através da engine do software Cinema 4D. Esses testes extraem o máximo da CPU (100%) no teste multicore e o máximo de um único núcleo no teste single core, sendo uma das melhores ferramentas para se medir o desempenho bruto da CPU.

CBR23_padrão.jpg

Essa pontuação pode ser atingida em ambientes com temperaturas mais baixas (~21ºC ou menos) e com o uso de um suporte para afastar as entradas de ar da superfície da mesa. Apesar deste modelo possuir o mecanismo que ao abrir a tampa ele eleva a sua base, a utilização de um suporte aumenta levemente sua capacidade de refrigeração.

Em temperaturas mais altas e com o notebook diretamente na superfície da mesa a pontuação fica entre 5000 e 5400, a depender da temperatura e ventilação do ambiente.

Nos primeiros meses as pontuações eram um pouco menores (máximo de 5100 a 5200) pois o comportamento do cooler era mais “preguiçoso”, demorava mais a aumentar a rotação menos em cargas pesadas e com Desempenho Ultra selecionado. Felizmente a Dell melhorou a atuação do cooler em modo Desempenho Ultra a partir de alguma atualização de BIOS.

Em single core, apesar de não constar na imagem, a pontuação varia entre ~1390 e ~1460 pontos, de acordo com as condições externas. Essa pontuação mais alta é o máximo esperado para esse processador. Se as condições permitirem, nesse teste single core o pacote da CPU consome ~19/20W para manter o clock single core constante entre 4,4 e 4,5GHz.

3DMARK Night Raid (imagem): é um benchmark em DirectX 12, mais leve, voltado para gráficos integrados, que permite medir o desempenho da máquina nos jogos. Dividido em 3 etapas:

 - Teste gráfico 1: apresenta reflexos dinâmicos, oclusão de ambiente e efeitos de pós-processamento usando renderização diferida.

 - Teste gráfico 2: apresenta mosaico, sistemas de partículas complexas e um efeito de profundidade de campo. Ele usa renderização direta.

 - Teste de física: o teste de CPU mede o desempenho usando uma combinação de simulação física, seleção de oclusão e geração processual.

Night Raid_Padrão.jpg

Comparação dos resultados no 3DMark Night Raid: memórias originais vs após upgrade:

Night Raid_comparação.jpg

Há um ganho de ~16% na pontuação global, ganho de ~24% na pontuação de gráficos e uma perda de ~3% na pontuação de CPU. O que ocorre é que as memórias novas liberam o potencial do vídeo integrado e, como o power é limitado (PL1=26W) e compartilhado entre o processador e o iGPU, sobra menos para o processador. Por isso a pequena queda no desempenho da CPU no uso simultâneo pesado com o vídeo integrado.

Com 26W e 2x8gb de memória de boa qualidade o desempenho simultâneo do processador e vídeo integrado é muito bom neste benchmark e já entrega praticamente o máximo de desempenho gráfico que o iGPU desse i5 pode oferecer neste teste com memórias de 3200MHz (notebooks com memórias LPDDR4x-4267MHz podem extrair mais desempenho da Iris Xe). O desempenho do processador, porém, tem margem para melhora.

Bloqueando o PL1 em 35W com o ThrottleStop mais energia pode ser compartilhada entre ambos e os resultados melhoram:

Night Raid_Power liberado.jpg

Com um limite de power mais alto, 35W, há um ganho de ~3% na pontuação global, perda de ~1% na pontuação de gráficos e ganho de ~14% na pontuação do processador.

OBS: Esse notebook consegue sustentar 35W apenas em tarefas com alta demanda simultânea do processador e do vídeo integrado pois o consumo de energia é compartilhado e as temperaturas se dissipam em ambos os dies. Em tarefas full load multicore apenas do processador, mesmo em temperatura ambiente baixa e com uso de suporte, o máximo sustentado é 30W.

 

AIDA64 CPU Stress + Heaven Benchmark

 

Realizei ainda outro teste, com AIDA64 CPU Stress e Heaven rodando simultaneamente, fazendo com que processador e iGPU, respectivamente, sejam levados ao limite, com ambos em 100% de uso. Esse teste mostra a capacidade máxima do notebook em relação a sua capacidade de refrigeração e quantos Watts é possível sustentar sem que ocorra termal throttling e consequente queda de desempenho.

AIDA64+Heaven_configuração padrão_20min.jpg

Com a configuração original há um pico inicial onde o power atinge em ~42W e a temperatura  bate 94ºC (o cooler não está ativo no início do teste) e, imediatamente, esse power vai caindo lentamente até se fixar em 30W. Após cerca de 2 minutos o ajuste da Dell faz com que esse PL1 inicial de 30W baixe para 26W e permaneça neste patamar indefinidamente até o fim. Com o processador e o vídeo integrado trabalhando a 100% e compartilhando os 26W sustentados:

- Todos os cores/threads trabalham, em média, a ~2,7GHz e consomem ~9W;

- O vídeo integrado trabalha, em média, a ~1,2GHz e consome ~13W;

- A temperatura da CPU estabiliza em 76ºC.

Lembrando que nenhum game é chega nem perto de exigir 100% da CPU e da GPU simultaneamente. Jogando, no uso real, provavelmente a iGPU vai se fixar próximo a 100% e o processador fica por volta de 50% de uso, dando margem para que os clocks de ambos trabalhem acima da média do meu teste.

Acredito que esse notebook, mesmo com a configuração original da Dell, consiga entregar um bom desempenho em games, principalmente trocando as memórias originais por 2x8gb de memórias de boa qualidade. Games leves ou mesmo títulos AAA mais antigos rodam bem em FHD, por exemplo Shadow of the Tomb Raider, The Witcher 3, GTA V, etc... ajustando as configurações de qualidade obviamente.

Bloqueando o limite de power em 35W:

AIDA64+Heaven_35W_10min.jpg

Com 35W os resultados são:

- Todos os cores/threads trabalham, em média, a ~3,4GHz e consomem ~13W;

- O vídeo integrado trabalha, em média, a ~1,35GHz (que é o clock máximo dessa Iris Xe G7 96EUs do i5-11320H) e consome ~18W;

- A temperatura da CPU estabiliza em 85ºC.

Em games, com 35W e com 2x8gb de memória de boa qualidade, esse notebook vai entregar tudo que esse conjunto do i5-11320H tem a oferecer e cerca 30%, em média, a mais de desempenho do que em configuração original em Desempenho Ultra (26W sustentados) e 2x4gb de memórias 1Rx16 em tarefas com alta demanda simultânea do processador e do vídeo integrado.

Resumindo, esse Inspiron 5510 é uma ótima evolução em termos de desempenho em relação as versões 5402/5502 de 2021. Ganho expressivo de desempenho devido a melhor refrigeração e consequente aumento no power sustentado. Para quem quer um notebook mais frio, mais silencioso e ainda com ótimo desempenho recomendo a versão sem dGPU.

PARA QUEM TEM AS VERSÕES COM GPU DEDICADA (MX450):

Como não tive acesso as versões com dGPU, vou basear minhas recomendações de ajuste pelo comportamento observado no vídeo do review do Dan Ferreira:

https://youtu.be/cF3huPcPp7s

Pelo que observei no vídeo, durante o uso em games e pelos comentários do Dan Ferreira, sempre em modo Desempenho Ultra, o limite de temperatura de utilização da dGPU não é um problema pois no vídeo ela se estabiliza em 77/78ºC, sendo este um bom limite de temperatura para este modelo fino e leve. Se confirmado essa temperatura limite, não é necessária alteração. Para conferir se é realmente isso, basta verificar com o software gratuito GPU-Z:

1628431830_124_You-know-GPU-Z-but-do-you-know-how-to-use.jpg

O limite de power do processador se mantém em 26W, como na versão sem a MX450, e isso é algo que deve ser ajustado porque, como mostrado no vídeo, a CPU trabalha o tempo todo com temperaturas acima de 90ºC. Como o sistema de refrigeração é compartilhado, altas temperaturas do processador fazem com que a temperatura da GPU também aumente.

Com esse limite de power e o uso pesado da dGPU simultaneamente, o sistema de refrigeração está acima do seu limite, ultrapassando constantemente os 92ºC, que é limite definido pela Dell de utilização da CPU neste modelo, sofrendo constante thermal throttling.

Além disso, a temperatura da MX450 se estabelece em 77/78ºC e também sofre thermal throttling pois está, certamente, trabalhando em sua temperatura limite de utilização. Seu clock fica fixo em 1395MHz, que é o clock base dessa GPU.

Print do gameplay de GTA V do vídeo do Dan Ferreira:

GTA V_Dan.jpg

Pelo que ele notou, após longa duração em uso intensivo, em determinado momento o limite do power do processador baixa e, com isso, sobra mais "espaço térmico" para a MX450, que obtém grande aumento no clock, ao mesmo tempo que o clock do processador despenca e as temperaturas de ambos baixam:

GTA V_Dan_11W.jpg

Para resolver essas questões e conseguir assim maior e mais estável desempenho com temperaturas mais baixas, são necessários dois ajustes.

Para o processador, durante o uso intensivo simultâneo com a MX450, games ou edições de vídeos por exemplo, deve-se bloquear um limite de power menor na janela TPL do ThrottleStop e marcar a caixinha MMIO para evitar ajustes secundários que a Dell possivelmente definiu.

Recomendo 20W e acredito que com este limite, mais o ajuste da dGPU, o sistema de refrigeração vai conseguir fazer com que o notebook trabalhe com temperaturas mais baixas, sem que ocorra thermal throttling em ambos, CPU e GPU, fazendo com que o desempenho seja consideravelmente maior do que com o ajuste original.

Caso a temperatura ambiente seja muito alta ou menos se o usuário preferir temperaturas mais baixas durante o uso pesado, pode-se definir o limite de power do CPU a partir de 15W, que já vai ser o suficiente para um bom desempenho do conjunto em utilização simultânea com a MX450.

TPL.jpg

Para a MX450 é necessário ajustar a curva Tensão x Clock no software gratuito MSI Afterburner. Com este software é possível fazer undervolt na GPU dedicada. Isso faz com que a GPU seja mais eficiente na relação desempenho/consumo de energia. Como este notebook é fino e leve, com sistema de refrigeração limitado, é primordial fazer undervolt na GPU para que ela entregue seu desempenho consumindo menos energia.

Acredito que com uma tensão entre 750 e 850mV é possível deixar o clock entre 1500 e 1850MHz de forma totalmente estável. Dentro destas faixas de tensão e clock, valores mais baixos vão fazer com que o notebook esquente menos, assim como valores mais altos vão entregar mais desempenho. Mesmo com o mínimo sugerido, a MX450 vai entregar mais desempenho e esquentar muito menos que com o ajuste original. É necessário testar os valores para garantir a estabilidade do sistema, assim como verificar se as temperaturas e o desempenho estão satisfatórios.

Minha recomendação para quem pensa em comprar esse Inspiron com MX450 é que tenha o conhecimento (ou interesse de aprender) para fazer undervolt na GPU porque, sem isso, o desempenho em cargas pesadas simultâneas CPU+GPU vai ser próximo da versão sem dGPU com (ao menos) 2x8gb de boas memórias, além de esquentar consideravelmente mais e ser mais barulhento pois o cooler vai precisar trabalhar mais e mais frequentemente.

Links para download dos softwares:

https://www.techpowerup.com/download/techpowerup-gpu-z/

https://www.techpowerup.com/download/techpowerup-throttlestop/

https://www.msi.com/Landing/afterburner/graphics-cards

Existem centenas de guias sobre esses softwares no Google e no YouTube. Para o ThrottleStop deve-se ignorar a parte de undervolt pois esses processadores de 11ª geração da série H35, assim como os da série UP3, são completamente bloqueados pela própria Intel. Vou deixar aqui apenas um exemplo de cada:

https://www.geekzilla.com.br/tutorial-como-fazer-undervolt-da-sua-gpu-com-msi-afterburner/

https://www.ultrabookreview.com/31385-the-throttlestop-guide/

5 Practitioner

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12 de janeiro de 2023 15:00

Neste início de ano resolvi formatar o notebook fazendo uma instalação limpa do W11 e, apesar do desempenho continuar muito bom, aproveitei para fazer uma limpeza interna e troca da pasta térmica.
Apliquei a Thermalright TFX que já tinha em casa e houve boa melhora no desempenho e temperaturas.

O desempenho multicore do processador no Cinebench R23, antes, em condições ideais (nada rodando em segundo plano, limite de power do processador desbloqueado, temperatura ambiente baixa e utilizando um suporte) eu obtinha pontuação de 5500 a 5700. Agora a pontuação fica entre 5900 e 6100.
Mais de 6000 pontos no CBR23 com esse i5 é uma pontuação de respeito! Acredito que está no mesmo nível de um R5-5500U e isso é um feito e tanto uma vez que esse i5 tem 4c/8t contra 6c/12t do Ryzen 5... enquanto o desempenho single core se manteve o mesmo visto que já atingia o máximo esperado para esse processador (pontuação de 1450/1460 no CBR23) e é consideravelmente mais forte que o R5-5500U e R7-5700U.

No teste multicore antes havia um pico de ~50W e o power se estabilizava em ~31W com o cooler em rotação máxima já na parte final do teste. Agora o pico atinge ~55W e o processador entrega 4,3GHz em todos os núcleos (o máximo desse i5) durante alguns segundos e então começa a baixar até 28W pois durante todo esse período o cooler nem entra em ação (ou trabalha tão pouco que mal dá pra ouvir...). Nesta marca o cooler começa a aumentar sua rotação e o consumo de energia começa a subir, aumentando os clocks, até se estabilizar em ~36W sustentado com o cooler em seu máximo e os clocks em ~3,7GHz.

Importante ressaltar que, ao menos nessa minha versão sem MX450, o cooler parece ter uma rotação máxima baixa pois considero o nível de ruído baixo mesmo em sua capacidade máxima. Os softwares não conseguem monitorar a rotação dessa versão, mas comparando com o nível de ruído do cooler do Inspiron 5402 em sua capacidade máxima (~5750rpm) apostaria que é algo em torno de 4500rpm.
Se a Dell liberasse uma atualização de BIOS onde o cooler pudesse aumentar sua rotação para o nível do 5402, acredito que haveria um bom ganho na pontuação multicore...

O desempenho em tarefas pesadas que demandam simultaneamente processador + vídeo integrado não se alterou com a nova pasta térmica pois antes já entregava seu desempenho máximo com 35W, mas as temperaturas baixaram consideravelmente.
Estressando ambos, processador e vídeo integrado, simultaneamente em cargas full load e com um limite de power bloqueado em 35W antes a temperatura estabilizava em 85/88ºC e agora em 80/83ºC.

Limite de power original (Desempenho Ultra):

Cinebench R23_desempenho ultra_TFX.jpg

Limite de power liberado:

Cinebench R23_60W_TFX_ideal.jpg

1 Mensagem

12 de janeiro de 2023 23:00

Pedro, muito obrigado pelas suas instruções, me esclareceu muitas dúvidas!

Estou pesquisando nesse momento um notebook para adquirir ainda essa semana e estou em dúvida entre o Dell Inspirion 5000 i5-11320H com a MX450 e o Lenovo Ideapad 3 Gaming Ryzen 5800H com a RTX1650, mas estou inclinando a pegar o Dell, pois prezo portabilidade mesmo que ambos estejam o mesmo preço.

Porém, o que gostaria realmente de te perguntar, é se você acha que a versão com MX450 realmente vale a pena ou não, dada as temperaturas desse notebook (o preço não é tão relevante). Aponto que irei fazer undervoltage, pois pra mim isso é pratica comum em todos os notebooks que já usei e que meu uso é apenas para a faculdade e casualmente jogos como Dark Souls (1, 2 e 3), Genshin Impact, LoL e The Witcher 3.

Obs.: as memórias RAM vou substituir por 2x Kingstons FURY Impact 8GB 3200Mhz e usar os Thermal Pads Grizzly Carbonaut (já utilizou esse produto?) ao invés de pasta térmica.

Valeu!

5 Practitioner

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1.3K Mensagens

13 de janeiro de 2023 07:00

Beleza Bruno?

Os dois notebooks são bem diferentes.

Com esse Inspiron você vai ganhar uma construção melhor, além de portabilidade. Ele é bem mais compacto, fino e leve. Tem ainda como diferencial a porta USB-C com suporte a vídeo e carregamento. Pra mim isso é fundamental...Tem ainda a questão da autonomia da bateria. Com o meu eu consigo mais de 7 ou 8 horas em uso leve. Isso porque eu ajusto de forma a limitar o processador para menor consumo de energia. Acredito que as versão com MX450, se bem ajustadas, podem entregar algo próximo a isso.

Com o Lenovo você ganha desempenho pois o Ryzen 7 tem o dobro de cores/threads, além da GTX 1650 ser superior a MX450.

Na minha opinião as versões desse Inspiron com dGPU valem a pena se a pessoa souber fazer os ajustes necessários para extrair todo o seu potencial de desempenho e, ao mesmo tempo, saber ajusta-lo para quando no uso básico e/ou na bateria o notebook consuma menos energia e esquente menos.

Para ter temperaturas baixas durante o uso leve basta limitar CPU/GPU. Por exemplo, no uso leve/na bateria pode limitar o power do processador a algo como PL1=15W e PL2=30W com atuação de 10 segundos. Ou simplesmente desativar o Turbo Boost.

Na GPU pode criar uma curva tensão x clock com 700mV e 1400/1500MHz, além de sempre se certificar de manter a MX450 sem uso (0%) durante atividades que não precisam dela... Dessa forma vai conseguir um notebook com temperaturas baixas, pouco ruído, ótima autonomia de bateria com desempenho suficientemente bom. 

Eu nunca usei o pad Carbonaut, mas você pode experimentar. Precisa de um bom contato entre o die e o pad e não é sempre que se consegue...não custa experimentar. Caso não dê certo, experimente o Honeywell PTM7950. Acredito que é superior ao Carbonaut, mas é um pad com mudança de fase, a partir de certa temperatura deixa de ser sólido....

De qualquer forma, qualquer pasta térmica de qualidade aumenta bem o desempenho/temperaturas em relação a pasta térmica original.

Quanto ao desempenho das versões com mX450, eu acredito que, se bem ajustadas, essas versões vão entregar muito, mas quem compra e quer usar tirando da caixa pode não gostar...

 

5 Practitioner

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14 de fevereiro de 2023 09:00

O vídeo no qual usei como exemplo para recomendar os ajustes nas versões com dGPU (MX450) é de março de 2022, bem "antigo" e os ajustes de limites de power/rotação do cooler poderiam (e deveriam) ser atualizados pela Dell.

Assisti um vídeo recente (02/2023) e a Dell fez outro ajuste para essas verões, entregando algo muito mais equilibrado na relação desempenho/temperaturas.

Se no vídeo "antigo" do Dan Ferreira durante os games o limite de power se mantinha em 26W resultando em altas temperaturas tanto da CPU quanto da GPU com ambos sofrendo estrangulamento térmico constante, agora parece que o ajuste limita a CPU a 15W durante os games entregando temperaturas mais baixas, sem forçar os limites do sistema de refrigeração todo o tempo.

Melhorou muito, mas ainda dá para, acredito eu, extrair cerca de 20% mais desempenho pois mesmo com o limite de power mais baixo na CPU o clock da GPU parece que continua travado no clock base da MX450 (1395MHz).

Com undervolt e overclock dá pra manter (talvez até diminuir) as temperaturas e aumentar o clock da MX450 para 1700 a 1800MHz.

Esse notebook com a MX450 bem ajustado, talvez com nova pasta térmica de qualidade, vai chegar perto de alguns notebooks gamer com GTX 1650.

https://youtu.be/Q_9Om3Nejlc

 

1 Mensagem

9 de março de 2023 17:00

Cara simplesmente incrível a sua pesquisa, eu estou num dilema que é o seguinte, estou tentando decidir entre o seu modelo que não vem com a placa de vídeo dedicada e entre o modelo que vem com a mx450, mas o dilema é o seguinte, um amigo meu possui o 5510 com a mx450 e o i5 11320H e quando realizo os teste no cinebench r23 no modo ultradesepenho e com o Windows no melhor desempenho o desempenho parece estar abaixo do que deveria ser, e mesmo desabilitando a mx450 direto no painel de controle de dispositivos imaginando que algo ligado a temperatura dela afete o processador o desempenho não é alterado, aí eu fico pensando se a própria Dell colocou alguma trava nos modelos que vem com a mx450, vou mandar fotos, se puder me orientar eu agradeço.

20230309_220716.jpg

 o teste acima foi feito com a mx450 desabilitada, modo ultraprocessamento, melhor desempenho no windows, e o notebook está todo original (as memórias são 2x8gb originais mas os times um pouco altos não sei se isso pode afetar também) e o power também original, não usei nenhum outro software.

 Não sei se mandei a foto de forma correta mas em single core está pegando 1280 pontos e em multi core está pegando 4180, as pontuações não vão muito além disso, o que está longe da sua pontuação de mais de 1400 no single core e mais de 5000 no multi core.  Então em resumo é isso estou suspeitando que o modelo com a mx450 o processador acaba por ser limitado por algo. O que você acha?

5 Practitioner

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10 de março de 2023 06:00

Essa pontuação está fora do padrão.

Pode ser várias causas, inclusive limitação feita pela própria Dell como está desconfiando, mas não acredito.

O que costuma ocorrer é que algumas unidades, de qualquer modelo de notebook, vem "premiadas" com pasta térmica mal aplicada de fábrica ou, pior ainda, com o heatpipe fazendo pouco contato com os chips, CPU e/ou GPU.

Qualquer dessas hipóteses faz com que o notebook perca capacidade de refrigeração atingindo seu limite muito antes do que deveria e tem seu desempenho severamente prejudicado. 

Pra descobrir o que há de errado você deve capturar as informações de temperatura e power durante o teste do cinebench multicore.

Use o HWiNFO64 e poste aqui um print com os dados. Tire o print antes do teste finalizar, já na parte final.

Eu consigo atualmente, com nova pasta térmica e o sistema ajustado, resultados fantásticos:

Cinebench R23_60W_PTM7950_IDEAL.jpg

1 Mensagem

2 de abril de 2023 19:00

E aí meu nobre, obrigado pela explicação que vc compartilhou. 

Eu recentemente (dia 14.03) adquiri o mesmo modelo de notebook que o seu (15 5510), porém na parte do desbloqueio de power, eu confesso não ter entendido como se faz para limitar a PL1 e PL2. 
Já fiz o dever de casa, andei assistindo alguns vídeos, mas nenhum me passou confiança.
Pretendo fazer um upgrade nas memórias (2x8 fury 3200), mas por agora terei que manter no original.

5 Practitioner

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1.3K Mensagens

6 de abril de 2023 14:00

Ele original, em Desempenho Ultra, já tem bom desempenho. 

Se vai realizar tarefas mais pesadas, basta alterar para modo Desempenho Ultra no aplicativo My Dell > Configurações > Térmico. 

Se quiser mais desempenho do vídeo integrado recomendo fortemente trocar as memórias originais por 2x8gb da Fury Impact 3200MHz CL20. Conforme demonstrei nos testes acima, o ganho no iGPU é considerável.

Alterar os limites de power não é tão necessário, vale para quem quer ter mais controle sobre o sistema para ajustar exatamente conforme o seu gosto e ainda dá pra extrair desempenho extra. Neste caso vale a pena trocar a pasta térmica pois há um bom ganho no "espaço térmico" permitindo power mais alto, mas isso é opcional. Como escrevi anteriormente, o desempenho original já é bom. 

5 Practitioner

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1.3K Mensagens

13 de abril de 2023 11:00

Já há alguns anos sou eu mesmo que faço a limpeza interna dos meus notebooks, e também para alguns amigos e familiares, e já experimentei diversas pastas térmicas. Atualmente tenho em casa:

- Kryonaut Extreme (14,2 W/m-K)

- Noctua NT-H2 (não informado)

- Thermalright TFX (14,3 W/m-K)

Todas essas entregam resultados similares, fantásticos inicialmente, mas todas sofrem com queda nos resultados iniciais após curto período de tempo se o uso for pesado, levando de forma constante o sistema de refrigeração ao limite ou próximo a isso.

Ao menos para notebooks em uso intensivo, o desempenho inicial fantástico não se sustenta por mais do que algumas poucas semanas. Isso no caso exclusivo da CPU. Em aplicações nas GPUs o resultado inicial se mantém por longos períodos. Muitos e muitos meses...

Claro que após essa queda, se a aplicação for bem feita, o desempenho ainda assim é muito bom, superior ao original com pasta térmica tradicional de fábrica, mas não se mantém tão fantástico. Todas sofrem com escoamento (efeito pump-out) após certo período de uso constante em temperaturas acima de 80ºC e, no caso das GPUs, como as temperaturas se mantém abaixo desse valor, o mesmo não ocorre.

Em desktops isso não acontece porque as temperaturas geralmente não atingem o mesmo patamar e a pressão do heatsink é muito maior, além da superfície da área de contato ter maior planicidade.

Em notebooks, como a superfície não faz o contato com tanta pressão e de forma totalmente uniforme, minúsculas bolhas de ar se infiltram durante a aplicação da nova pasta térmica, o ar expande em altas temperaturas (principalmente acima dos 80ºC) e expulsa parte da pasta térmica da região de contato. Isso se repete inúmeras vezes durante o uso, o chip esquenta e esfria, até que determinada região fica com pouca pasta e a transferência de calor é prejudicada.

Isso é facilmente percebido quando, em tarefas full load do processador, a diferença de temperatura entre o núcleo mais quente e o menos quente é muito alta. Com pasta térmica bem aplicada, a diferença deve ser de até 5 ou 7ºC. Até 10ºC eu considero aceitável e qualquer coisa acima disso eu faço o repaste.

Talvez os únicos modelos de notebook que não melhoram seu desempenho após a troca da pasta térmica original por uma de boa qualidade sejam os Lenovo Legion. Já li e ouvi diversos relatos de que a troca da pasta térmica acabou piorando a relação desempenho/temperatura nesses modelos. A Lenovo utiliza a Honeywell PTM 7950 que é um pad sólido com mudança de fase que se torna pastoso de acordo com o aumento da temperatura. Existe também a versão em formato tradicional de pasta, mas recomendo o pad pois com ele não há escoamento (ou há muito menos escoamento) e a durabilidade deve ser bem maior.

Em fim, comprei um Pad desse no Aliexpress e fiz o comparativo dos resultados com as 3 pastas térmicas que tenho em casa. Como os resultados das 3 são praticamente iguais (mínimas diferenças), juntei em um resultado só para simplificar. Utilizei meu Inspiron 5510 (i1101-M10S) como cobaia.

O pad me surpreendeu logo de cara pois seu desempenho foi ligeiramente superior aos fantásticos resultados que obtive com as 3 pastas também logo após o repaste. Apesar da Honeywell PTM 7950 ter condutividade térmica indicada de "apenas" 8,5 W/m-K, ela superou levemente as concorrentes mesmo antes do escoamento acontecer. E ainda melhor, como esperado, após semanas de uso seu desempenho se mantém.

Os testes foram realizados com exatamente as mesmas condições, de forma mais ideal possível:

- temperatura ambiente ~21ºC

- utilizando um suporte de notebook para afastar a entrada de ar do tampo da mesa

- sem outras aplicações abertas

- sem alterar a prioridade do benchmark no Windows (alterando a prioridade para alta ou em tempo real consigo pontuação maior) 

- limite de power do processador desbloqueado (60W), ou seja, com o sistema limitado apenas pelo limite de temperatura de 92ºC definido pela Dell, atuando em seu limite:

Pasta Térmica.jpg

Cinebench R23_60W_PTM7950.jpg

Fire Strike_Power 60W_PTM 7950.jpg

https://www.3dmark.com/3dm/92426920

Time Spy_power 60W_PTM 7950.jpg

www.3dmark.com/spy/37492302

Night Raid_Power 60W_PTM 7950.jpg

https://www.3dmark.com/nr/876018

Em termos de temperatura no Cinebench R23 multicore com a pasta térmica original o processador tinha um pico inicial de ~42W e podia sustentar ~28W quando seu cooler atingia rotação máxima, mantendo ~3,3GHz em todos os núcleos. Isso batendo de forma contínua no limite de temperatura de 92ºC imposto pela Dell, sofrendo constante thermal throttle. Isso se traduzia em pontuações de ~5200 pontos.

Com o PTM 7950, nas mesmas condições e no mesmo benchmark, o i5-11320H obtém pico de ~55W, atingindo o máximo desse processador por alguns segundos (4,3GHz em todos os núcleos) e sustenta ~37W com o cooler no máximo e com clocks de ~3,7GHz. A pontuação agora é de ~6200. Isso também atingindo o limite de temperatura de 92ºC e sofrendo thermal throttle constante.

Impressionante também que, com a pasta padrão, logo após o pico de curta duração inicial, o power diminuía constantemente e de forma rápida até cerca de ~22W quando o cooler começava a aumentar a rotação e o power voltava a aumentar até se manter nos ~28W já na parte final do teste, já com o cooler em seu máximo.

Agora com a PTM 7950, após o pico inicial de ~55W, o power baixa de forma mais vagarosa, até cerca de ~34W, quando volta a subir e se estabelece nos ~37W com o cooler em seu máximo. 

Comparando o antes e depois com o mesmo power sustentado limitado a 28W (o limite original), enquanto com a pasta térmica de fábrica o processador se mantinha em 92/93ºC, com o pad a temperatura é de 76/77ºC. Impressionante!

Isso mostra que o sistema de refrigeração do notebook é muito bom, mas é severamente prejudicado pela economia porca na escolha do composto térmico utilizado no processador/placa de vídeo. Economia de migalhas...

Já enfrentei e resolvi problemas de altas temperaturas em diversos notebooks com a simples troca de pasta térmica / ajustes na tensão e limite de power das CPU/GPU. Coisas simples, mas que a grande maioria dos usuários não sabem e não querem fazer. Cabe a empresa entregar algo melhor ajustado...

Fica minha sugestão para a Dell começar a usar algum composto de alta qualidade com durabilidade pois, assim, quase a totalidade de reclamações sobre altas temperaturas seria eliminada. Menos reclamações, menos suporte técnico, menos devoluções de produtos, além da imagem da empresa que seria muito melhor avaliada.

4 Mensagens

16 de abril de 2023 06:00

Pedro, parabéns pelos testes. Já estou de olho nos vídeos do youtube sobre como trocar a pasta térmica, assim como verificando os preços das mesmas.

Hoje pela manhã, liguei meu notebook e logo abri o HWiNFO64, e para minha surpresa constatei os seguintes valores. Aparentemente ocorrendo cortes devido a temperatura. O computador está totalmente em repouso, modo Otimizado. É normal isso ?

Guilhermi_0-1681651474430.png

 

4 Mensagens

16 de abril de 2023 08:00

Meu core1 é bem pior que meu core2, e acredito que ele seja o gargalo. 

10 graus a mais de temperatura não deve ser o padrão. O que acha Pedro ?

Guilhermi_1-1681659476328.png

 

4 Mensagens

16 de abril de 2023 08:00

Meu CORE 1 fica praticamente estrangulado o tempo todo. Geralmente ele apresenta uma temperatura de 8 graus acima do core 2.

4650 no cinebenchR23 agora.....é normal um core esquentar mais que os outros sempre ?

 

Pode verificar se o power tá ok ?

Os clocks ficaram em 3.0 ghz em 95% dos testes

Guilhermi_0-1681659140482.png

 

5 Practitioner

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1.3K Mensagens

17 de abril de 2023 11:00

O ideal é até 5 ou 7ºC, mas até 10ºC de diferença eu considero normal.

Isso só vale quando todos os núcleos estão sob carga total (100%).

Se todos não estiverem exatamente sob a mesma carga é normal um ficar mais quente que o outro pois o processador vai alternando o uso entre os núcleos.

Todos os seus prints, aparentemente, estão normais. 

Me parece que você está muito preocupado com essa questão de temperatura e deve estar rodando benchmarks consecutivos.

Sua pontuação vai diminuir naturalmente rodando benchmark consecutivamente pois seu processador vai esquentar e antes que possa voltar a temperatura IDLE você já está estressando ele novamente.

O meu, originalmente, nas condições ideais, batia até ~5150 no CBR23 multicore. Power se mantinha em ~28W, clocks ~3,3GHz. Se a temperatura ambiente fosse alta, por exemplo, esses números eram menores. Isso afeta a pontuação em qualquer notebook.

Condições ideais significa temperatura ambiente baixa, iniciar o teste com o processador em IDLE (abaixo dos 40ºC, quanto mais baixa a temperatura do processador antes de iniciar o benchmark  melhor), sem nada rodando em segundo plano, usando um suporte, etc..

E saiba que a tendência é sua pasta térmica escoar estressando repetidamente e exageradamente seu processador. Ainda mais sem necessidade... Isso vai fazer com que essa diferença de temperatura entre o núcleo menos quente e o mais quente aumente.

A pasta térmica original é muito ruim e é diretamente responsável pelo desempenho muito abaixo que obtém em relação ao que tenho no meu. Qualquer pasta térmica de boa qualidade que aplicar vai fazer com que melhore muito a relação desempenho/temperatura.

Pra trocar não tem mistério, basta seguir o Manual de Serviço na página de suporte da Dell. 

Algumas dicas:

- Nunca force os parafusos, se eles não girarem naturalmente você provavelmente está usando uma chave menor do que deveria. Se forçar os parafusos vão espanar e você vai ter um problema. Esses parafusos são feitos em material macio e quando a chave é menor do que o ideal não adianta forçar.

- Aplicar uma quantidade de pasta térmica suficiente, nem muito e nem pouco. O método pode ser o da sua preferência, um ponto central, um X, uma linha central, pode espalhar em toda superfície deixando uma lâmina fina e uniforme. Pra esse chip a quantidade de um grão de ervilha é suficiente, mas é preciso que se espalhe de forma uniforme para obter o melhor resultado.

- Após aplicar a pasta térmica posicione o conjunto do heatsink corretamente com cada furo de cada parafuso alinhado aos respectivos furos na placa mãe. Com tudo alinhado desça lentamente até encostarem. Isso é importante para não precisar ficar acertando a posição depois, arrastando o heatsink de um lado para outro até achar o posicionamento correto fazendo com que a pasta térmica seja mexida incorretamente...

- Com o heatsink corretamente alinhado comece apertando os parafusos na ordem indicada no Manual de serviço, meia volta em cada por vez, repetindo o procedimento até que todos estejam firmes. Isso garante com que todos os parafusos fiquem apertados simultaneamente evitando com que um lado aperte muito antes que outro, permitindo que a pasta térmica se acomode de forma mais uniforme.

 

É bem simples, não tem nenhum grande segredo ou dificuldade. 

1 Mensagem

29 de julho de 2023 00:00

Muito bacana os testes e resultados obtidos Pedro. Recentemente comprei um Inspiron 5510 com Iris XE, pelo preço que consegui de 2476 reais com cupom e cashback achei que foi uma excelente aquisição, futuramente pretendo fazer o upgrade de memória RAM exatamente pra marca e modelo que você recomendou. Minha dúvida seria o seguinte meu nobre, estava querendo colocar 2x16 e ficar logo com 32gb de RAM, porém tanto você quanto outros reviews que vi sobre esse Inspiron recomendaram o upgrade pra 16gb, com 2x8, na sua opinião tendo condições de fazer o upgrade pra 32gb você acredita que tenha diferenças significativas no desempenho ou crê que 16gb seja mais que suficiente?

5 Practitioner

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1.3K Mensagens

29 de julho de 2023 05:00

Depende exclusivamente do seu uso.

2x8gb é o suficiente para a grande maioria dos usos.

Você não vai ter mais desempenho instalando 2x16gb, somente se seu uso demandar muita memória e 2x8gb se tornarem um gargalo.

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